Rio de Janeiro [2]

Rio de Janeiro, minha cidade sofridamente maravilhosa, viveu um dia de guerra e nós maxines cariocas um dia absurdamente feliz.

A ida ao orfanato já foi uma aventura, bem na verdade os contratempos começaram antes, com um telefonema avisando q a loja onde havia sido encomendado e pago o banner do Dia do Benhe estava fechada. Bom, se não te banner fazer o q? vamos assim mesmo.

Eu , Tata e Beta partimos pra Bonsucesso onde fica o orfanato, no caminho nosso táxi tem q mudar o trajeto pois avisam na rua q não podíamos seguir pois estavam queimando ônibus e a rua tava fechada, olhamos e vimos a fumaça preta horrível subindo perto de nós, desviamos e seguimos, assustadas mas determinadas.

Chegamos lá e já estavam as meninas de Niterói e São Gonçalo lá, tinha um grupo de pessoas fazendo uma festinha pras crianças e esperamos um pouco e começamos arrumar a nossa, uma loucura, encher bola, montar mesa, fazer arco, e continua chegando gente, cada vez mais doações, lembrancinhas, comidas, doces, balas. Caramba, qta coisa!

As crianças todas com olhinhos cumpridos olhando com um interesse enorme, os meninos não fizeram cerimônia, pegaram as pipas q estavam numa sacola e começaram a brincar, tinha uma menina terrivelzinha lá q não saiu do nosso pé, a danada rs rs rs. cada hora queria uma coisa, uma bola de cor diferente, enfim socializou o tempo todo kkkk.

E chega gente, e chega brinquedo, e chega enfeite, e chega doação e mais doação, acabamos de arrumar a mesa, ajeitamos as comidas no refeitório e começamos a festinha, e mais um contratempo... chuva, desaba um pé d’água, as crianças foram pra dentro do refeitório lanchar, uma bagunça boa e barulhenta.

Ai chega uma van lotada, mas lotada mesmooo com as meninas q fizeram uma outra festa em outra instituição na parte da manhã.

As loucas chegaram embaixo de uma chuva forte, cheias de mais doações, comidas, brinquedos, bolos, enfim uma verdadeira festa dentro da festa. E a bagunça aumenta, a farra, o barulho e a alegria tomam conta de tudo.

Começamos a distribuir os kits com as lembrancinhas, as crianças enlouqueceram, abriam tudo, brincavam com cada coisa, as “meninas” brincando e dividindo as atenções entre elas, lanchando junto com as crianças, uma loucura, já não se sabia quem eram as crianças quem eram as MAXINES. E a chuva continua..

As brincadeiras dentro do refeitório corriam soltas, crianças desenhando, brincado de massinha, carrinho, boneca, joguinhos, com livros nas mãos, e todas com um sorriso q aquece qualquer coração de pedra.

O tempo passou, a hora de ir embora chegou, muitos brinquedos ainda por serem distribuídos, chamamos as crianças e começamos a distribuir. O q falar deste momento? Só ele bastaria pra justificar tudo, somando com os outros momentos então não tem o q se falar. Relatar isto não tem como.

Chamamos a dona do abrigo e levamos onde juntamos as doações (parte delas, pois muitas já estavam na cozinha) e fizemos formalmente a entrega. Ela olhava e não acreditava. Os olhos se encheram d’água e nos agradeceu muito, mostrou o quarto das crianças, e nos disse da sua luta em manter a instituição, mais um momento pra se guardar na caixinha dos especiais.

Hora de levantar acampamento e voltar a “cuidar das nossas vidas”.

Ainda é complicado fazer um balanço deste dia. Acho q por enquanto só dá pra falar da alegria q é juntar as pessoas independente de torcida, preferências ou rótulos e ver todas sorrindo, falando, conversando, brincando, tirando fotos, querendo ficar próximas, se conhecer... Felizes só por estarem juntas, por partilhar aquele momento.

O numero de pessoas q estavam no 2º DIA DO BENHE do Rio de Janeiro, foi surpreendente. A quantidade de doações animadora. A alegria compartilhada motivadora.

Mais uma vez, só temos a agradecer ao nosso louco casal, ex-casal, futuro casal, dupla ou par dos BENHES DELICINHAS por nos aproximarem e nos manterem unidas, apesar de tudo e todos.

Qdo pensam q estamos perdendo a força, q estamos nos desestabilizando, nos rendendo, nos desmotivando, nos dispersando... olha nós ai, mais fortes, unidas, orgulhosas e mais felizes do q nunca.

Maxine é um estado de espírito, uma força interna, uma forma de encarar a vida, independe de fatores externos. Somos uma nação com membros orgulhos e ativos.

E não pararemos. Estamos vivas. Estamos felizes. Estamos no jogo... no jogo da vida.

Go go go Maxines.